Depois que ouvi a frase: “Excesso de passado é depressão e excesso de futuro é ansiedade!”, já usei várias vezes.
Eu a mencionei em uma live sobre ansiedade em relação à pandemia e um amigo meu, o Milton Alves, perguntou se a pandemia tinha trazido as pessoas para o presente! Essa pergunta não saiu da minha cabeça, o que me fez refletir bastante sobre o tema.
Penso que, para algumas pessoas, sim! E pensei que o excesso de presente também é prejudicial, tanto para si quanto para os outros. Não levar a história (passado) em conta e não ter planos (futuro), pode levar algumas pessoas à inconsequência, podendo tanto prejudicar a si quanto ao outro.
A ideia que me veio foi a de que a pessoa está pensando apenas na recompensa imediata, não levando em conta o médio e o longo prazo, como o uso de substâncias psicoativas ou situações de dependência e compulsão, como jogos, compra ou comida compulsiva, que estimulam a região de recompensa do cérebro, mas que fica descompensado porque não existe uma reflexão a respeito.
Pensei também a respeito do processo de tomada de decisão e por qual motivo as pessoas estão tomando decisões ruins na pandemia, mas vou deixar esse tema para um próximo post.
Quero lembrar que viver o excesso de presente é bem diferente de viver um momento ou fazer exercícios de atenção plena (ou mindfulness), na qual o foco está no que você está fazendo naquele momento, com atenção! Isso faz bem pra saúde mental e física e eu recomendo muitíssimo.
Entendeu qual o risco de viver só no presente?
PS.: A foto do post é o quadro “A Persistência da Memória” de Salvador Dalí e sempre que falo sobre questões do tempo essa imagem vem à minha cabeça. Acho que essa pintura reflete muito como somos conduzidos pelo tempo cronológico!
https://www.culturagenial.com/a-persistencia-da-memoria-de-salvador-dali/