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Mariana Kawazoe

Mariana Kawazoe

Psicóloga, Psicoterapeuta e Orientadora Profissional

EFEITOS PSICOLÓGICOS DA PANDEMIA

Ao longo da pandemia, muitas pesquisas foram acontecendo, algumas baseadas em pandemias anteriores e outras que se desenvolveram ao longo da COVID-19 (ainda em andamento).

Alguns efeitos estão relacionados à quarentena, outros à própria doença e, atualmente, alguns relacionados à COVID longa, ou seja, àquelas pessoas que ainda têm sintomas, mas não têm mais o vírus. Em relação a este último, os pesquisadores não costumam chamar de sequelas por entenderem que os sintomas ainda estão relacionados à doença em si.

Em relação à quarentena apareceram aspectos como: sensação de perda de liberdade, medo de infecção (a si e aos outros), frustração, tédio, suprimentos básicos inadequados (alimento, medicação), informação inadequada, perda financeira, estigma, afastamento das pessoas…

Estes não são só efeitos da quarentena em si, mas efeitos da pandemia como um todo. Muitos desses efeitos estão relacionados a sintomas do transtorno de estresse pós-traumático (por exemplo: irritabilidade, raiva, perda de interesse nas coisas, afastamento das pessoas, reação de sobressalto – como se fosse um susto, entre outros), depressão e ansiedade.

O que aconteceu muito também foi o agravamento de características ou sintomas que as pessoas já tinham antes da pandemia.

Na COVID longa, na parte neuropsicológica, temos visto muitos relatos de falta de memória, desorientação, desorganização na narrativa e dificuldade de concentração. (Ainda não li as pesquisas sobre isso, mas tenho conversado com alguns colegas e com pessoas que tiveram a doença.)

Outro aspecto que destaco está relacionado ao retorno às atividades sociais. Já ouvi relatos (e também percebo) que muitas pessoas “perderam” o trato no relacionamento com os outros, por exemplo, não deixar o outro falar ou terminar uma frase, não dar continuidade em uma conversa, egocentrismo (refletindo um certo desequilíbrio emocional).

No trânsito, parece que as pessoas “desaprenderam” a dirigir. Além dos motoristas estarem mais egoístas, estão dirigindo muito mal. Dá até medo de sair de carro! Alguém mais aí percebeu isso?

Enfim, eu poderia continuar enumerando uma série de efeitos psicológicos, comportamentais e sociais decorrentes da pandemia, mas não tem muito espaço.

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