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Mariana Kawazoe

Mariana Kawazoe

Psicóloga, Psicoterapeuta e Orientadora Profissional

POR QUE…? Contexto socioeconômico e cultural

No início da pandemia, ouvimos que o novo coronavírus era “democrático”! Em outras palavras, o vírus não escolhia classe social, gênero, raça etc. Ao mesmo tempo, sabíamos que os mais vulneráveis à COVID-19 eram os idosos e as pessoas com comorbidades.

Porém, poucas pessoas mencionaram que os tratamentos seriam “diferenciados”, pois é, lógico que, aqui sempre foi um lugar onde quem tem mais dinheiro, tem mais acesso a serviços de qualidade, apesar de eu “tirar o chapéu” para o SUS. No entanto, sabemos das extensas filas de espera nos serviços do SUS. Eu cheguei a escutar de algumas pessoas: “Eu não estou preocupado, eu tenho o Einstein e o Sírio!” Até que esses hospitais também lotaram!

Esse é um ponto!

O outro é que uma das medidas mais eficazes para conter a disseminação do vírus no início da pandemia era a quarentena, ou seja, fazer o isolamento social pelo maior tempo possível. Muitas campanhas foram feitas com o “Se puder, fique em casa!”.

Eu fui uma das privilegiadas que pude trabalhar de casa, assim como muitas pessoas que eu conheço! Mas, e quem não podia? E quem tinha que trabalhar presencial, como os profissionais da saúde da linha de frente, os motoristas de transporte público e de taxis e de aplicativos, os motoboys, restaurantes, supermercados, farmácias, profissionais da limpeza etc.? E quem tinha que pegar o transporte público? (Não esqueço que a prefeitura de SP tirou vários ônibus de circulação! Vê se pode uma coisa dessas? Como se tivesse busão sobrando!) Como sempre, o trabalhador é que se ferra! Além de ter que sair pra trabalhar, tinha (e tem) que pegar transporte público lotado!

Além disso, muitas crianças e adolescentes deixaram de ir para as escolas. E, mais uma vez a diferença berrante aparece: umas com acesso a equipamentos e internet, outras sem isso.

Dizem as pesquisas que as pessoas em situação mais vulnerável têm mais dificuldade em acessar informações de qualidade, mas também sabemos da grande circulação de fake news que rolou por aí, seja referente ao próprio vírus, ao uso de máscaras, à vacina etc. etc. etc. Aliás, quero deixar marcado que NÃO ABRO LINK DE POSTS DE PESSOAS QUE PROLIFERAM FAKE NEWS E OPINIÕES SEM FUNDAMENTO! Não sou super inteligente, mas sei que, se clico no link, abro esse algoritmo e… tô fora! Fake news é crime, gente!

Esses são alguns exemplos de situações onde aparecem as diferenças socioeconômicas e culturais que, segundo pesquisas, é uma das causas para o não cumprimento dos protocolos sanitários. Mas, note que algumas pessoas quebraram protocolos por necessidade, outras quebraram porque quiseram, outras porque acharam que eram melhores que as outras.

Depois dessa explanação, convido você a fazer uma reflexão sobre essas diferenças que não existem apenas com a pandemia, mas que existem desde sempre!

E, aguardem o próximo post sobre os motivos pelos quais as pessoas não conseguem seguir os protocolos! Ah, vale para qualquer mudança de comportamento!

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