Abraço
Mariana Kawazoe

Mariana Kawazoe

Psicóloga, Psicoterapeuta e Orientadora Profissional

VOCÊ SE ACEITA?

 

Autoaceitação, ou seja, se aceitar, tem uma relação direta com a autoestima, que é o valor que damos a nós mesmos.

A construção da autoestima começa na infância, quando começamos a nos descobrir separados dos nossos cuidadores. Percebemos que nos relacionamos com outras pessoas e é a relação com elas que vai dar a base de como vamos nos constituir como pessoa e o valor que nós vamos nos dar.

Algumas teorias da psicologia falam sobre “o brilho do olhar do outro” ou falam a respeito de um estádio chamado “espelho”, que acho que mostra muito como funciona o processo. Baseando-me nos exemplos que o psiquiatra e psicodramatista José Fonseca usa acerca do bebê se olhando no espelho, seria algo do tipo: “Olha, aquela bebê é a Mariana, é você. Você é linda!”. Por outro lado, poderia ser algo do tipo: “Mariana, você é feia! Olha só o que você faz, sua burra!” E por aí vai!

Desse modo, vamos construindo um valor sobre nós mesmo e, a partir disso, vamos nos constituindo como pessoa.

Quando vamos para o mundo fora da nossa casa e nos relacionamos com outras pessoas de diferentes ambientes, essa construção vai se confirmando ou não, o que colabora para irmos desenvolvendo repertório para as diferentes situações e relações.

Na adolescência, começamos a mudar o nosso corpo e as formas de relacionamentos. É muito comum nessa fase da vida, as pessoas começarem a mudar os seus valores a respeito de si mesmas e, muitas vezes, está relacionado à questão da sexualidade. Muita coisa muda: o corpo, a voz, os gostos, a relação com os pais e irmãos (se tiver), as roupas, as brincadeiras, as preocupações e por aí vai.

Também é comum adolescentes mudarem os seus comportamentos consideravelmente, a ponto de muitos cuidadores não saberem como lidar com eles. Em muitos casos, os adolescentes precisam transgredir para se constituírem como pessoas autônomas. Porém, como sempre digo: “Não precisa ser dessa forma!”

Juntando tudo isso a uma sociedade e uma cultura que exige cada vez mais das pessoas, especialmente dos jovens, já vimos o resultado! E posso afirmar que as redes sociais reforçam sim essa comparação que cada um faz em relação aos outros com quem se julgam serem “iguais”, muitas vezes esquecendo que os posts são “recortes” da vida das pessoas que habitam o mundo virtual. Aliás, toda situação de comparação reforça isso!

Todos esses aspectos são cruciais para o desenvolvimento da autoestima, porém, nada é determinante e eterno.

Trabalhar a autoestima pode não ser fácil! Algumas experiências ficaram tão distantes na nossa memória ou as suas marcas ficaram no corpo, dificultando nossa consciência delas. Quando as memórias estão no corpo, fica ainda mais difícil acessar. Esse é um trabalho cuidadoso e que pode levar anos!

Se você se sente insatisfeito/a com você mesmo e a cada momento diferente procura algo em si mesmo que não “te deixa feliz”, como por exemplo, não gostar do nariz, depois do cabelo, da orelha, da barriga, do culote etc., não procure um cirurgião plástico, procure uma ajuda psicológica e/ou psiquiátrica. Talvez seja o momento de fazer as pazes consigo mesmo e se aceitar mais…

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